Nas últimas décadas, temos assistido a profundas mudanças no campo da informação e do conhecimento proporcionadas pelo progresso tecnológico e delas participado. As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) possibilitam não só mudanças diárias no cotidiano das pessoas e nas suas relações sociais, mas também delineiam novos espaços e fontes de aprendizagem no campo educacional.
      Fora do espaço escolar, o conhecimento e a informação estão cada vez mais ao alcance dos estudantes por meio de outros recursos. A televisão a cabo, os cassetes, os cd-roms e a rede internet tornaram-se fontes às quais os alunos podem ter acesso para obter conhecimento sobre as línguas estrangeiras (LE) (Gremmo, 1998). O desenvolvimento tecnológico proporciona, assim, uma nova dimensão ao processo educacional, uma dimensão que transcende os paradigmas ultrapassados do ensino tradicional.
      Se as tecnologias fazem parte da vida do aluno fora da escola das mais diversas formas, elas também deveriam fazer parte da sua vida dentro da escola (Sampaio e Leite, 2000), a despeito de muitos profissionais, entretanto, não quererem aceitar as mudanças advindas delas. Resistir à utilização de novas tecnologias e continuar a sentir segurança na detenção do saber e no domínio da sala de aula é muito mais cômodo. Outros, com visão mais moderna, reconhecem que este pode ser um instrumento eficaz na educação.